quarta-feira, 28 de novembro de 2007


Khalil Gibran جبران خليل جبران




Gibran Khalil Gibran (6 de janeiro de 1883, Bicharre, Líbano10 de abril de 1931, Nova Iorque, Estados Unidos da América), também conhecido simplesmente como Khalil Gibran, outras vezes, impropriamente por Kahlil Gibran, nasceu e registrou-se Gibran Khalil Gibran (árabe: جبران خليل جبران, siríaco: ܓ̰ܒܪܢ ܚܠܝܠ ܓ̰ܒܪܢ, que se escrevem e lêem, ambos, da direita para a esquerda), foi um ensaísta, filósofo, prosador, poeta, conferencista e pintor de origem libanesa, cujos escritos, eivados de profunda e simples beleza e espiritualidade, alcançaram a admiração do público de todo o mundo.
Seu nome completo transliterado para línguas ocidentais (de base alfabética predominantemente neo-latina), é Gibran Khalil Gibran, assim assinando em árabe. Em inglês (pois foi nos Estados Unidos da América que ele desenvolveu a maior parte da sua atividade produtiva), preferiu a forma reduzida e ligeiramente modificada de Khalil Gibran. E assim se conhece em todo o mundo ocidental.
Em sua relativamente curta, porém prolífica existência (viveu apenas 48 anos), Khalil Gibran produziu obra literária acentuada e artisticamente marcada pelo misticismo oriental, que — por essa razão — alcançou popularidade em todo o mundo. Sua obra, acentuadamente romântica e influenciada por fontes de aparente contraste como a Bíblia, Nietzsche e William Blake, trata de temas como o amor, a amizade, a morte e a natureza, entre outros. Escrita em inglês e árabe, expressa as inclinações religiosas e mística do autor. Sua obra mais conhecida foi Asas Partidas, que fala da primeira história de amor dele.
Todos seus livros foram traduzidos para o português por Mansour Challita
Gibran Khalil Gibran faleceu em 10 de abril de 1931 (Nova Iorque, Estados Unidos da América), causa mortis dita ser cirrose e tuberculose.

Wikipédia

terça-feira, 27 de novembro de 2007


Mapa de Nicolas de Fer (1646-1720)


A dor que atraímos transforma-se em alegria
Vem, tristeza, aos nossos braços
Somos nós o elixir dos sofrimentos
Bicho da seda, come as folhas e faz seu casulo
Não possuímos a folhagem dessa terra
Somos nós o casulo do amor
Apenas somos, quando em nada nos tornamos
É quando perdemos nossas pernas, que nos tornamos corredores
Calo minha boca, tirei o resto do poema, de boca fechada
Dentro deste mundo há outro mundo
Impermeável às palavras
Nele nem a vida teme a morte, nem a primavera dá lugar ao outono
Histórias e lendas surgem dos tetos e paredes
Até mesmo as rochas e árvores exalam poesia
Aqui a coruja transforma-se em pavão
O lobo, em belo pastor
Para mudar a paisagem, basta mudar o que sentes
E se queres passear por esses lugares, basta expressar o desejo
Fixa o olhar num deserto de espinhos
Já é agora um jardim florido
Vês aquele bloco de pedra no chão?
Já se move, e dele surge a mina de rubis
Lava tuas mãos e teu rosto nas águas deste lugar
Que aqui te prepara um fausto banquete
Aqui todo ser gera um anjo
E quando me vêem subindo aos céus, os cadáveres retornam à vida
De certo viste as árvores crescendo da terra
Mas quem há de ter visto o nascimento do paraíso?
Viste também as águas dos mares e rios
Mas quem há de ter visto o nascer de uma única gota d'água ou uma cintura de guerreiros?
Quem haveria de imaginar essa morada?
Esse céu? Esse jardim do paraíso?
Tu, que ouves este poema
Traduzi-o
Diz a todos o que aprendeste sobre este lugar

domingo, 25 de novembro de 2007

Pensamento

Passamos a maior parte das nossas vidas a passar por outras culturas. Através da elevisão, de livros que temos oportunidade de ler.
Raramente dos deslocamos, raramente estamos com disposição de pôr a mochila às costas e partir para um reconhecimento natural e sincero do outro. Tão confortáveis que estamos dentro das nossas conchas.
Quando em algum momento temos essa hipótese, nem sempre a aproveitamos da melhor forma.
Passam-se dias em hotéis, em tempos de férias, em excursões deprimentes e etc.
Quem viaja foge de tudo isso e parte sozinho, como convém a um viajante, à descoberta.
O mundo afinal não é assim tão grande a mente humana é que por vezes é muito pequena.

Bensergao


Bensergao é um bairro popular situado a sul do centro de Agadir, fora da zona turística. Diferente de tudo aquilo que estava habituada a ver, labiríntico, com um toque inacabado. Situado em frente ao Palácio Real.
Existem nos bairros numerosas mercearias que vendem mercadorias de toda a sorte, padarias, fornos comunitários e alfaitarias onde se elaboram os tradicionais kaftans[1].
Das casas soube, mais tarde, que é costume deixarem os terraços das casas inacabados, a fim de construírem um novo andar posteriormente como forma de coesão familiar. As janelas são muito exíguas e nada se vê para o interior das habitações.
Mesmo assim, e apesar da minha estranheza senti-me segura e confortável. Uma leve brisa batia no meu rosto e pensei que estava mesmo a viver, finalmente, uma história que valeria a pena reter na minha memória e estava a vivê-la na primeira pessoa.
Caminhamos sobre a terra batida até uma casa branca com um portão trabalhado azul. Entramos para o salão profusamente decorado onde Aisha estava sentada a ver televisão, onde predominam os canais egípcios e as séries sírias. Aparentava ser uma mulher entre os 55 e os 60 anos, ela mesma acabaria por confessar que não sabia quantos anos tinha, pois antigamente nas montanhas ninguém registava as crianças.
O lenço verde que usava na cabeça deixava entrever os seus cabelos negros. As mãos marcadas por anos de trabalho no campo, decoradas com henna* fizeram-me lembrar um pergaminho. Pensei que significado teriam aqueles desenhos?
Ficamos sentados a falar, enquanto Aisha se retirara para a cozinha. Após alguns momentos voltou com um grande tabuleiro de chá thé à la menthe, um prato de pastelaria marroquina e com um soberbo Kaftan. A sua nora Fathima tinha-lhe emprestado um dos muitos que usou no seu casamento.
Foi que pela primeira vez vesti uma peça de vestuário que apenas tinha visto em filmes ou em livros. Porém, agora era uma situação real! Estava eu ali no meio de um típico bairro maghrebino completamente deslumbrada com o que estava a descobrir.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Provérbios Árabes


"Acredite em Allah, mas amarre seu camelo."
اعقلها وتوكل
"Só se atiram pedras em árvores carregadas de frutas."
"Uma só mão não pode aplaudir."
يد واحدة لا تصفق
"Na árvore do silêncio está o fruto da segurança."
"Deixa o teu coração seguir à tua frente e procura alcançá-lo."
"Os cães ladram, e a caravana passa."
الكلاب تعوي والقافلة تسير
"Há cinco degraus para se alcançar a sabedoria: calar, ouvir, lembrar, agir, estudar."





Sauah (tradução)



Abdel Halim Hafez
Composição: Abdel Halim el Hafez

Viajante viajante viajando pelos paises viajante E o caminho entre eu e meu amor se alarga Num passeio longínquo e eu no estrangeiro E a noite aproxima , dia diverte... viajante viajando pelos paises viajante E o caminho entre eu e meu amor se alarga Num passeio longínquo e eu no exterior E a noite aproxima, o dia se vai.... onde encontrarem meu amor dêem saudações a ele Digam ao (meu) moreno que está tudo bem E o que ele tem feito no exterior? (Literal: o que o exterior fez com ele?) Digam ao (meu) moreno que está tudo bem E o que ele tem feito no exterior? viajante E eu caminho pelas noites E eu me divirto viajante (literal:deri rodar - bi hale : em mim mesmo) O exterior, tão precioso (meu caro) viajante, E o que me aconteceu... E os anos.... E os anos se passam e eu derreto de saudade e carinho Queria saber o caminho e por onde? onde encontrarem meu amor ,Dêem saudações a ele Digam ao moreno que está tudo bem E o que ele tem feito no exterior? (Literal: o que o exterior fez com ele?) Digam ao moreno que está tudo bem E o que ele tem feito no exterior? Ah, meus olhos Ah, meus olhos ,o que te fizeram,(o que aconteceu) aonde você está ,e o que tem feito? Ah...volte Volte ,não me deixe Não se distancie (não faça falta) eu me importo muito Não sei descansar ... E vou andando(buscando)... viajante E os anos.... E os anos se passam e eu derreto de saudade e carinho Queria saber o caminho e o porto? (minin: porto,ponto de partida) O porto... onde encontrarem meu amor, Dêem saudações a ele Digam ao moreno que está tudo bem E o que ele tem feito no exterior?

Bitlimoni Leih (Why do you blame me?)
Part 1 Bitlimoni leih? Bitlimoni leih?
How can you blame me? How can you blame me?
Law shoftom eineih... hilween add eih. If you saw her eyes, and how beautiful they are, Hat qolo inshighali wa sohd el layali.
You would say my captivation and my restlessness, Mosh kiteer aleih... leih bitlimoni?
Are not too much for her... how can you blame me?
Part 2 Aseer el habayeb, ya albi ya dayib. I am the captive of my beloved, oh my weak heart.
Fi mogeit aabeer min shaar el hareer. I am trapped within the aroma of her soft hair.
Aal khidood yehafhaf... we yerga yiteer.
Which brushes against her cheeks, and then flows in the wind. Wel nas bey limoni we aamil eih ya albi? And everyone blames me and what can I do, oh my heart? Ayzeen yehremoni mino leih ya albi? They want to deprive me of her, but why oh my heart? Part 3 Min yom hobo ma lamas albi, From the day her love touched my heart, Fatah el bab lel shoq yelaab be. She opened the gates of passion to overcome me. We howa habibi. we howa nasibi, And she is my darling, and she is my fate. We howa el nour le einaya we albi. And she is the light for my eyes and my heart. We howa shababi, we howa sahabi. And she is my youth, and she is my friend. We howa qaribi wa kol habaybi. And she is my family and everything that I love. Wel nas bey limoni we aamil eih ya albi? And everyone blames me and what can I do, oh my heart? Ayzeen yehremoni mino leih ya albi? They want to deprive me of her, but why oh my heart?
Lyrics courtesy of www.arabic-lyrics.com

Sabr - A Virtude da Paciência



Sabr is the key to the gates of felicity and the main means of deliverance from the mortal perils. Sabr makes a human being bear calamities with ease and face difficulties with composure. Sabr strengthens the will and the power of resolution. Sabr brings independence to the dominion of the soul. Anguish and anxiety on the other hand, aside from their shameful character, are symptoms of the soul's weakness. They deprive one's being of its stability, weaken the determination, and enfeeble the intellect. "Sabr restrains the inner being from anguish, the tongue from complaint and the bodily members from untoward movements." There are various degrees and levels of Sabr, and its reward and merit vary in accordance with its degree and level. This is revealed by the following tradition as narrated by Hazrat Ali Radhiallahu Ta'ala Anhu:
Hazrat Ali (Radhiallaahu Anhu) said:
"The Messenger of Almighty Allah Azza Wajjal said, Sabr is of three kinds: Sabr in regard to disobedience. One who bears patiently with affliction, resisting it with a fair consolation, Allah writes for him or her three hundred degrees [of sublimity], the elevation of one degree over another being like the distance between the earth and heavens. And one who is patient in regard to obedience, Allah writes for him or her six hundred degrees [of sublimity], the elevation of one degree over another being like the distance between the earth's depths and the Throne [al-Arsh]. And one who is patient in regard to disobedience, Allah writes for him or her nine hundred degrees [of sublimity], the elevation of one degree over another being like the distance between the earth's depths and the furthest frontiers of the Arsh [Throne]."



quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Immouzzer Ida Outanane







A Carta do Rei do Congo



CC-I-35-21 - IANTT
1526.10.28

Carta do rei do Congo dando parte a D. João III que muitos mercadores deste reino passavam a seus estados para cativar muitos dos seus vassalos a quem faziam escravos para os tornarem a vender, sendo estes uns seus parentes e outros fidalgos, pedindo ao mesmo senhor acudisse a este excesso e lhe mandasse médicos, boticários e cirurgiões pela grande necessidade que tinha deles.

A vos tem escrito por nos fazer merçe que todo o de que tivemos merçe verdade lho enviamos pedir por vossas cartas e que em tudo seremos provido e porque a paz e saúde de nossos reinos depois de Deus esta em nossa vida e pela antiguidade e dias muitos que em nos há nos ocorrem de continuo muitas e diversas enfermidades que mui as vezes nos põem em tanta fraqueza que nos chegam ao derradeiro extremo. E pelo com … a vossos filhos parentes e naturais o que avisa nesta terra não haver físicos nem cirurgião que as tais enfermidades saibam dos verdadeiros remédios nem boticas nem mezinhas com que o melhor possam fazer. E a isto de sempre perecem e morrem muitos dos já confirmados escravos nas coisas da santa fe de nosso senhor Jesus Cristo e a outra gente pela maior parte se curam com ervas e paus e outras maneiras de sua antiguidade as quais servirem nas ditas ervas e cerimonias põe toda sua crença e se morrem crem que vão salvos o que e pouco serviço.

E por evitar tão grande erro e inconveniente pois que depois de deus desses reinos e de vossa alteza nos e vindo todo o bem e as mezinhas e remédios para a salvação por merçe pedimos a vossa alteza nos faça merçe de dois físicos e dois boticários e um cirurgião para com suas boticas e coisas necessárias virem estar em nossos reinos porque temos deles e cada um deles mui extrema necessidade aos quais faremos tanto bem e merçe por serem por vossa alteza enviados que haja por bem seu trabalho e vinda. Pedimos a vossa alteza muito por merçe nos queira disso prover porque alem de seu particular bem e muito serviço de deus pelo que dito temos.

Outro sim senhor em nossos reinos há outro grande inconveniente e de pouco serviço de deus o qual e que muitos nossos naturais pelo desejo muito que tendes mercadorias e coisas desses reinos que os vossos a estas … e a esta coisa e por satisfazerem seu desordenado apetite furtam muitos dos nossos naturais forros e isentos e muitas vezes acontece furtarem fidalgos filhos de fidalgos e parentes nossos e os levam a vender aos homens brancos que em nossos reinos estão e lhos trazem escondidos e outros de noite por não serem conhecidos. E tanto que são em poder dos ditos homens brancos são logo ferrados e marcados com fogo e ao tempo que os levam para embarcar são lhe por nossas guardas achados e alegam que os compraram e não sabem dizer a quem pelo qual nos convem fazer justiça e restituir os livres a sua liberdade o que se não pode fazer se vossos naturais ficarem agravados e assim o vão andando.

E por evitarmos tão grande mal posemos por lei que todo homem branco que em nossos reinos estiver e come… peças por qualquer maneira que seja que primeiro o faça saber a três fidalgos e oficiais de vossa corte em quem este caso confiamos a saber a dom Pedro Manipuzo e a dom Manuel Manisaba nosso meirinho mor e a Gonçalo Pires nosso armador mor para verem as ditas peças se são cativos se são forras e sendo por eles despachadas ao diante não terão nenhuma duvida nem embargo e as poderão levar e embarcar e fazendo o contrario perderão as ditas peças. O qual favor e largueza lhe damos pela parte que a vossa alteza disso cabe e por sabermos que tanto seu serviço e as peças que de nosso reino tiram porque de outra maneira o não consentíamos pelos respeitos sobreditos o que todo fazemos saber a vossa alteza porque não vão la dizer o contrario como dizem outras muitas coisas a vossa alteza porque o desviem do cuidado e lembrança que de nos e de deste reino deve ter por serviço de deus e do que deste caso lhe parece receberíamos muita merçe no-lo enviar dizer por sua carta. Beijamos senhor muitas vezes as mãos de vossa alteza desta nossa cidade de Congo escrita aos 18 dias de Outubro dom João Teixeira a fez de 527 anos.
(Assinado:) EL REI + DOM AFONSO

domingo, 18 de novembro de 2007



Samarcanda


Cristãos, judeus, muçulmanos, rezam,com medo do inferno; mas se realmente soubessemdos segredos de Deus, não iam plantaras mesquinhas sementes do medo e da súplica.



É inútil a tua aflição;nada podes sobre o teu destino.Se és prudente, toma o que tens à mão.Amanhã... que sabes do amanhã?



Não procures muitos amigos, nem busques prolongara simpatia que alguém te inspirou;antes de apertares a mão que te estendem,considera se um dia ela não se erguerá contra ti.



O vasto mundo: um grão de areia no espaço.A ciência dos homens: palavras. Os povos,os animais, as flores dos sete climas: sombras.O profundo resultado da tua meditação: nada.



A vida é um jogo monótono que dá dois prêmios:A Dor e a Morte.Feliz a criança que expirou ao nascer;mais feliz quem não veio ao mundo.



Na feira que atravessas não procures amigosou abrigo seguro. Aceita a dor que não tem remédioe sorri ao infortúnio; não esperes que te sorriam:Seria tempo perdido.



Se não tiveste a recompensa que merecias,não te importes, não esperes nada;já estava tudo nas páginas daquele livroque o vento da eternidade vai virando ao acaso.



Baixinho a argila diziaao oleiro que a torneava:Já fui como tu, não te esqueças,não me maltrates.



Mestres e sábios morreramsem se entenderem sobre o Ser e o Não Ser.Nós, ignorantes, vamos apanhar as tenras uvas;que os grandes homens se regalem com as passas.



O meu nascimento não aumentou o Universo,nem a minha morte lhe fanará o esplendor.Ninguém me dirá por quê vim ao mundo,ou porquê um dia irei embora.



Um pouco de pão, um pouco de água,a sombra de uma árvore, e o teu olhar;nenhum sultão é mais feliz do que eu,e nenhum mendigo é mais triste.



OS RUBAYAT de Omar Khayyan

A Terra de Aicha Ait El Mekadem

A Iná (mãe) Aicha é uma berbére muito ligada à sua terra. Queria que eu conhecesse a sua aldeia de nome Tinfit e a tribo Assufid à qual pertencia. Tinhamos que ir para Tamazhirt (montanha). Agora tinha a certeza de que iria conhecer o verdadeiro Marrocos.
Ela não sabe ler nem escrever em árabe e apenas fala em bérbere, o dialecto Tachelit falado no Sul de Marrocos, por isso a melhor forma de me contar a história do seu povo era levar-me até ele.
Apesar de toda a sua vida ter sido vivida em Agadir, nunca suportara longas temporadas sem lá voltar. Agora com os filhos criados podia partir sempre que lhe apetecia.
Esta era uma ocasião muito especial para nós as duas. Da minha parte era mais uma descoberta, mais uma cortina deste mundo que cada vez mais me encantava e com o qual me identificava a cada passo.

Immouzer - O Vale do Paraíso


Os autóctones de Marrocos, os Tamazights, dividem-se em diversas tribos, cada uma possui o seu próprio dialecto, preservado ao longo de séculos por via oral. A maior parte dos bérberes desconhece por completo o seu alfabeto original e tão pouco sabe escrever na sua própria língua. Assim sendo, a norte temos os Rif e os Chelus das regiões do médio e alto atlas.

terça-feira, 13 de novembro de 2007


1910-1999 Autor do Best-seller "The Sheltering Sky"
"Não optei por viver permanentemente em tânger; aconteceu. A minha visita era para ser de curta duração; seguiria, depois viagem indefinidamente. (...) Chegou o dia em que me apercebi, chocado, de que não só havia mais pessoas no mundo do que até há pouco tempo , (...) desde então, sempre que me deslocava a algum lado, sentia imediatamente saudades de Tânger. (...) Era ainda aqui que me encontrava quando me apercebi até que ponto o mundo tinha piorado e que não queria mais viajar. (...) Ouvem-se tambores quase todas as noites. (...) Mesmo que no meu sonho, me encontre em Nova York, o primeiro grito de Allah Akbar apaga o cenário, transportando o que quer que se siga para o Norte de África, e o sonho prossegue."
in Memórias de um nómada

quinta-feira, 8 de novembro de 2007


Agadir - أڭادير

Em berbére significa celeiro fortificado. Cidade de origem incerta, às vezes identificada como o antigo porto de Rusaddir, citado por Políbio, cerca de 1340 a.c..


A sua história parece despertar a partir de 1505, com a fundação por João Lopes Sequeira da fortaleza, situada um pouco a norte da actual cidade.


Permaneceu em mãos portuguesas até 1541, quando cai nas mãos do Sultão Mohamed El Cheikh, fundador da Dinastia Saâdiana.

terça-feira, 6 de novembro de 2007


O percurso de Ibn-Battuta
Ilustração de Ibn-Battuta ou Abu Abdullah Muhammad Ibn Battuta
De origem Berbére, nasceu em Tânger, em Marrocos, a 24 de Fevereiro de 1304 (ano 703 da Hégira). Deixou a sua cidade aos vinte e um anos e as suas viagens pelo mundo duraram pelo menos 30 anos.
Foi o único viajante medieval que percorreu todo o mundo muçulmano passando ainda pelo Ceilão (actual Sri-Lanka), China, Império Bizantino e sul da Rússia.
quando regressou a Marrocos ditou a sua obra ao seu secretário, intitulada "Tuhfat annozzâr fi ajaib alamsâ". Faleceu em Fez em 1377.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

www.marocantan.com
A Kasbah (Agadir Oufella) depois do Terramoto
Agadir Oufella antes do Terramoto
Agadir na actualidade


http://www.marocantan.com/ - Um site a visitar de um Marrocos antigo e curioso.




O Mundo Amazigh (Berbére) tão próximo e tão desconhecido.